Inadimplência locatícia atinge novo pico e exige ação estratégica das imobiliárias

A inadimplência locatícia voltou a atingir níveis preocupantes no mercado de locação. Segundo o índice da Superlógica, o percentual de contratos com atraso superior a 60 dias chegou a 3,76% em agosto, ou seja, repetiu o alto patamar registrado em julho. Dessa forma, o cenário revela um risco elevado, especialmente em imóveis comerciais e residenciais de alto padrão, onde as taxas ultrapassam 7% e 8%, respectivamente.

No entanto, o problema não se limita aos imóveis de alto padrão. Imóveis com aluguel de até R$ 1.000 registraram inadimplência de 6,32%, mostrando que o risco locatício está distribuído em todas as faixas do mercado. Portanto, é necessário atenção redobrada por parte das imobiliárias, independentemente do tipo de imóvel ou perfil do inquilino.

Mais do que falta de pagamento

A inadimplência locatícia vai além do não recebimento do aluguel. Mesmo em locações com garantias terceirizadas, o envolvimento ativo das imobiliárias é essencial para mitigar riscos e preservar a saúde financeira da operação. Os impactos da falta de pagamento são:

  • Produtividade comprometida: retrabalho e desgaste das equipes.
  • Confiança dos proprietários: abalada, afetando a reputação da marca.
  • Previsibilidade de receita: prejudicada, dificultando o planejamento financeiro.
  • Bonificações com garantidoras: podem ser reduzidas conforme a performance.
  • LTV (Lifetime Value): diminui com desocupações por inadimplência precoce.
  • CAC (Custo de Aquisição de Clientes): aumenta com rotatividade e quebra de contratos.
  • ROI: comprometido pela combinação de menor LTV e maior CAC.

Atenção especial aos imóveis de alto padrão

Os imóveis de alto padrão exigem cuidado adicional. Hoje, 58% dos pretendentes à locação nesse segmento são empresários, autônomos ou profissionais liberais. Como a maioria (89%) apresenta extratos bancários como comprovação de renda, erros na interpretação dos lançamentos desses documentos podem levar à aprovação de perfis com alto risco de inadimplência.

Hora de repensar estratégias

Diante desse cenário, é fundamental que as imobiliárias adotem uma postura proativa. Afinal, a simples cobrança não é suficiente. Para isso, é importante reavaliar processos internos, investir em inteligência de dados e definir um perfil ideal de inquilino alinhado à estratégia da imobiliária.

Assim, torna-se possível reduzir riscos, aumentar a previsibilidade da receita e fortalecer a relação entre locadores, inquilinos e garantidoras.

Ações recomendadas

  • Reavaliar critérios de aprovação de cadastros.
  • Investir em análise de crédito baseada em dados.
  • Definir um perfil de risco de crédito compatível com o portfólio da imobiliária.
  • Dominar o perfil de risco de todos os contratos, inclusive aqueles com garantidoras.
  • Monitorar resultados e ajustar estratégias continuamente.

Conclusão: inteligência e estratégia contra a inadimplência locatícia

Em resumo, a inadimplência locatícia não é apenas um desafio financeiro — é um teste de resiliência e gestão estratégica para o setor imobiliário. Portanto, enfrentá-la exige visão sistêmica, agilidade e capacidade de adaptação.

Aqui na FC ANALISE, ajudamos imobiliárias de todo o Brasil a reduzir riscos, automatizar processos e aumentar a previsibilidade da receita com tecnologia e inteligência analítica.

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